luns, 4 de novembro de 2013

UM APELIDO. UM NOME.


                                                            Por UM-DO-CHAO.
FERREIRO.

O apelido.
            Apelidos sociais chamam-se aqueles originados no quefazer do home na sociedade, quer polo seu ofício (Peleteiro), quer polo seu cargo (Juiz), bem pola sua categoria social (Conde)… Daquela, som apelidos que estám presentes em todo o mundo, pois ondequer houvo e –cada volta menos- hai gentes que fabricam cousas coas suas maos ou que desempenham funçons de governo e administraçom.

            O de ferreiro (co seu subsidiário de ferrador) é-vos um ofício de bem antigo nascimento, haveria que aventurar que, em quanto falamos de Idade do Ferro, temos que falar de ferreiros ou proto-ferreiros, homes que fabricavam trebelhos e armas e que, portanto, jogavam um papel vital (ou mortal!) na sua colectividade.
Martín Ferreiro y Peralta
Daí passou a ser apelido em toda a Europa (nom temos conhecimento para nos referir a outras línguas e continentes onde se daria igualmente), com procedência filológica no latim ferro, e do que podemos citar umha longa lista de exemplos em várias paragens: é o Herrero espanhol, o Ferrer catalám, o Lefebvre francês, o Smith inglês, o Schmidt alemám… e o Kuznetsov ruso (como nos ilustrara o lembrado Manolo Riveiro).

Assi como Ferreira, o feminino, é topónimo entre nós e apelido muito comum em Portugal, cuido que Ferreiro está mais estendido na Galiza.

As personagens.
Nom parece haver tanto Ferreiro famoso a nível mundial. Mas hai abondo para os nossos fins. Vedeaí um espanhol, um uruguaiano e mais um galego, mesmo por esta ordem cronológica:

1 Martín FERREIRO y Peralta (1830-1896). Madrilenho. Geógrafo e cartógrafo muito dedicado à área marítima, é recordado principalmente por ter sido (1880) impulsor da Sociedad Española de Salvamento de Náufragos, co que isto tivo de filantrópico.

Alfredo Mario Ferreiro
2 Alfredo Mario FERREIRO (1899-1959). Uruguaiano. Poeta e jornalista. Adscrito à escola futurista, cujos títulos das suas obras abondam para darmo-nos ideia do seu criacionismo humorístico, talvez herdado de seu pai galego: El hombre que se comió un autobús (poemas con olor a nafta) (1927) ou Se ruega no dar la mano (poemas profilácticos) (1930). (Anedoticamente digamos que, por aqueles anos, codirigiu, co corunhês Julio Sigüenza, a revista literária montevideana Cartel).



3 Celso Emilio FERREIRO (1912-1979). Porventura o poeta galego mais popular do século XX, cum lirismo e um dizer incisivo parelhos (adoptando nalgum poemário o seudónimo de Arístides Silveira). Lembrai Longa  noite de pedra ou Onde o mundo se chama Celanova

Ningún comentario:

Publicar un comentario